Encenação da Paixão de Cristo se firma como tradição em Congonhal

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Por Fernanda Eugênia
Em Congonhal, na noite de sexta-feira, 14, os arredores da Igreja de São José Operário ficaram lotados a espera da encenação da Paixão de Cristo, como já é de costume na cidade, há mais de 10 anos. O espetáculo foi organizado pelo Grupo de Jovens da paróquia e reuniu cerca de 50 pessoas entre figuração e bastidores. Toda a equipe estava voltada a um único objetivo: levar o público presente à despertar a fé e reconhecer a verdadeira importância do ato de Jesus Cristo ao ser crucificado para nos salvar. 
Segundo a equipe organizadora, os preparativos começaram dois meses antes da apresentação e foram realizados dez ensaios. Antes de qualquer decisão e escolha, os envolvidos se reuniam em oração para que tudo que fosse feito viesse a ser abençoado. Tanto que esse ano houve uma inovação. Os jovens optaram por um roteiro que envolvesse mais espiritualidade e com músicas que despertassem atenção e tocassem o público, como nos contou Suellen Fernanda Coutinho, membro da equipe da organizadora. 
“A ideia foi fazer um teatro mais reflexivo, para mostrar a importância da Paixão de Cristo, não apenas como um dia de sofrimento, mas sim de muita compaixão e reflexão. Então as músicas foram escolhidas a dedo, com muito cuidado, para que complementassem o texto e emocionassem as pessoas. E outro ponto importante foi a personagem Maria cantar para Jesus em seus braços, o que foi feito ao vivo pela interprete da mãe do Salvador” ressalta Suellen.
Cézar Augusto Moreira de Paula, integrante da organização, participa há sete anos da encenação. Desta vez ajudou na infraestrutura e também atuou como Judas. Ele conta que a escolha de cada ator foi tentando unir a personagem com alguma experiência de quem fosse vivencia-la. “Maria, por exemplo, foi interpretada pela Geovana por ela saber cantar e assim poderia fazer tranquilamente quando estivesse com Jesus em seus braços. Os soldados foram bem pensados porque precisavam saber usar o chicote, imitando o açoitamento de Cristo, para que não machucasse de verdade o ator. Para fazer o papel de Jesus foi quem realmente queria se dedicar ao máximo”, explica.
Jessica Cristina Pereira está há 11 anos com a equipe de jovens que organiza o teatro para a sexta-feira da paixão. Ela começou com pequena participação, interpretou Maria Madalena várias vezes e agora dá apoio nos bastidores. Uma das responsabilidades que teve esse ano foi de caracterizar os ferimentos causados em Jesus e nos ladrões que foram crucificados juntamente com ele. Para Jéssica o teatro é capaz de fazer as pessoas entenderem o real significado da atitude de Jesus para conosco. “A encenação é uma forma de mostrar a importância de Jesus para a humanidade, a Ele que entregou sua vida por todos nós. Jesus deixou tudo para nos salvar. É um momento muito importante para a juventude de Congonhal mostrar seu papel na paróquia de nossa cidade” exalta.
Tadeu Gouveia é um dos membros que participa desde quando começaram as encenações para a Paixão de Cristo. Já colaborou como ator, narrador, sonoplasta, na elaboração de cenário e organização. Este ano integrou a coordenação. Tadeu lembra que no início foi difícil porque não tinham estruturas e recursos como tem hoje. “No começo foi bem complicado porque não sabíamos como seria. Não tínhamos figurino adequado, depois de uns dois anos de teatro que ganhamos todas as roupas e o teatro foi ficando mais completo. Aí então o grupo já estava entrosado e a preparação foi se tornando bem mais fácil”, recorda. 
Nas primeiras apresentações o cenário era diferente e foi se modificando com o passar dos anos. Na última sexta-feira a equipe optou por diminuir o espaço usado pelos atores pra facilitar ao público a visibilidade dos fatos. “Usávamos toda a frente e escadaria da igreja. Esse ano diminuímos o cenário o que foi positivo porque possibilitou liberar mais espaço para o público poder assistir a encenação” diz Tadeu. 
O jovem Fábio Henrique da Costa foi quem interpretou Jesus. Era possível ver a realidade que ele deu a personagem, porque lágrimas escorriam do seu rosto durante as estações que expressavam o sofrimento de Cristo carregando a cruz. “Representar Jesus foi muito emocionante, tanto que comecei a chorar de verdade no meio da encenação. É muita emoção, é muito forte saber que Jesus passou por tudo aquilo de verdade. Emocionei-me muito ao refletir as dores de Jesus para nos salvar” diz Fábio.       
A reportagem do Jornal das Gerais acompanhou a preparação, caracterização e encenação registrando diversos momentos e detalhes.
Todas as fotos, dos bastidores à apresentação, você encontra no site do Jornal. 
www.jornaldasgerais.com.br e em seu facebook/jornaldasgerais. 

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